VIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO SEXUAL
Corpos em dissidências:
a diferença nas
educ(ações) democráticas
26.04.2023 - 28.04.2023
#descriçãodaimagem: O site tem o fundo amarelo e verde, com fotografias em tons de cinza de cartazes de manifestações. Dois deles contém as frases "nenhum dinheiro a menos" e "indígenas não se calam".
GRUPOS DE TRABALHO
GT 1 - PELO FIM DO PATRIARCADO, DO MACHISMO E DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO: CONTRIBUIÇÕES EDUCATIVAS E SOCIOEDUCATIVAS
Me. Leonardo Carvalho de Souza (UNESP - Campus de Franca - SP)
Dra. Maria Inez Barbosa (Unespar - Campus de Paranavaí)
Dra. Quéli Anschau (UNIOESTE – Campus de Toledo)
O enfrentamento ao patriarcado, machismo e violências de gênero produzidas pela dominação masculina precisa ser feito de modo multifocal e transdisciplinar, pois se tratam de elementos estruturais. A partir dessa problemática, esse Grupo de Trabalho (GT) objetiva congregar e debater estudos e relatos de experiência sobre intervenções teórico-metodológicas focadas na educação e a socioeducação como âmbitos de enfrentamento aos problemas supracitados. A proposta se justifica a partir da compreensão de que a dominação masculina não é natural, mas produzida socialmente, portanto, pode ser transformada. Ademais, há dispositivos legais, como a Lei Maria da Penha, que prescreve a necessidade de campanhas preventivas e educativas a serem promovidas a fim de erradicar a violência de gênero. Tais processos educativos quando contemplam diferentes grupos (homens, mulheres, crianças, jovens, etc.) colaboram com a proposta de uma sociedade livre das violências.
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 2 - GÊNERO, NEOCONSERVADORISMO E AUTORITARISMO
Dr. Adalberto Ferdnando Inocêncio (UTFPR - Campus Dois Vizinhos)
Me. Camila Hildebrand Galetti (UNB)
Os últimos anos foram marcados, especialmente na América Latina, pelo recrudescimento do conservadorismo e do autoritarismo, encampados em coalizões políticas de grupos cristãos neopentecostais e setores não religiosos da direita. Teve como finalidades enfraquecer os movimentos sociais e desmantelar o avanço das conquistas progressistas que caracterizaram a “onda vermelha” na América Latina, encampada por movimentos e partidos autodeclarados de esquerda. No âmbito simbólico, movimentos sociais galgaram visibilidade a grupos minorizados na democracia representativa; enquanto no prático, esses grupos capitanearam políticas afirmativas, que se caracterizaram por políticas públicas voltadas à saúde da mulher, até a ampliação de temáticas curriculares que permearam o respeito aos grupos subalternos (a exemplo, o projeto Escola Sem Homofobia). Neste cenário, as novas direitas têm se inserido na política institucional e potencializando políticas antidemocráticas por dentro do sistema. A defesa de tais grupos atinam-se ao livre mercado, desta vez, somado ao nome dos “valores familiares” tradicionais, o que tem localizado os grupos sociais supracitados como inimigos políticos. Importa sublinhar que em contextos de crise (econômica, mas também de referencial) é recorrente a construção de uma retórica que culpabiliza grupos historicamente subjugados pela recessão da nação, além de “demonizar” os direitos humanos, o que tem se expressado na circulação de expressões como “feminismo radical” e “ideologia de gênero”, para ficar nesses exemplos. Analistas de conjuntura tem destacado o papel das mídias digitais, especialmente das redes sociais, na facilitação de dinâmicas de “tribos digitais”, que se caracterizam pelo aspecto autoritário, uma vez que fixam “posições de sujeito” cristalizadas: ao homem, compete o papel de provedor; à mulher, o de trabalho reprodutor. Nas redes, também impera uma naturalização da moral religiosa como ética pública. Nesse sentido, a proposta desse GT visa acolher trabalhos cujas análises se entremeiam ao atual desagendamento das pautas progressistas (igualdade de gênero e diversidade sexual), tanto no que tange a seus avanços, como à sua resistência: retirada de direitos, revogação de leis e editais, apagamentos curriculares, ameaças à laicidade do Estado, defesa da “liberdade de opressão”, descumprimento das normas jurídicas e ataque aos direitos sexuais e reprodutivos, manchetes, reportagens e análises de discurso/conteúdo que permeiem disposições autoritárias nas mídias hegemômicas e alternativas. A presente proposta se volta a/à todos/as interessados em aprofundar conhecimentos nas temáticas supracitadas, pesquisadores/as das temáticas, docentes da rede básica e superior e demais profissionais.
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 3 - VIOLÊNCIAS, GÊNEROS E SEXUALIDADES NA FORMAÇÃO DOCENTE
Dra. Claudia Barbosa (UNIOESTE)
Dra. Andrea Martelli (UNIOESTE)
Dra. Fabiane Freire França (UNESPAR - Campus Campo Mourão)
O presente Grupo de trabalho (GT) tem como objetivo reunir pesquisas que contemplem as relações entre gêneros, sexualidades, racismos e violências nas suas conexões com o contexto educacional. O GT será realizado de forma presencial e está aberto às diferentes vertentes teóricas e metodológicas que apresentem pesquisas relacionadas a educação e seu papel na contribuição para o respeito a diversidade sexual e suas convergências dentro dos desafios contemporâneos, sobretudo no atual cenário político. O GT oportuniza a problematização da seguinte questão: de que modo as pautas relacionadas a gênero, sexualidade diversidade, racismo e violências estão sendo abordadas/tratadas/conduzidas no contexto educacional? A escola é um local estratégico para implementação de políticas educacionais e como espaço para a discussão dessas temáticas. A escola precisa tornar-se um lugar de Educação e ocupação de novas práticas, ponderando assim sua constituição enquanto espaço formador, contribuindo para o re(pensar) sobre a formação humana.
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 4 - NARRATIVAS DA HISTÓRIA DAS MULHERES E IGUALDADE DE GÊNERO
Dra. Tania Fatima Calvi Tait (Associação Maria do Ingá Direitos da Mulher)
Dra. Joana Maria Pedro (UFSC)
Dra. Carla Almeida (UEM)
Houve um período em que se questionou a contribuição da presença das mulheres na História, por ser raramente narrada ou culturalmente silenciada (Duby e Perrot (1991). Essa discussão foi vencida e não cabe mais narrar a história, o cotidiano e a política sem a perspectiva de gênero (Goldman, 2014; Miguel, 2013; Pedro, 2012; Tait, 2020). Assim, surge a necessidade de novos métodos e abordagens de pesquisa que valorizem o espaço ocupado pelas mulheres nos fatos, sendo necessário contextualizar o período histórico sob seu ponto de vista bem como refletir sobre novas fontes, seu tratamento e a própria
escrita da História. Neste sentido, o GT proposto desafia pesquisadores e pesquisadoras a focar sobre a história das mulheres e a igualdade de gênero, a vida e os corpos das mulheres, sua presença, novas abordagens sobre política e democracia, impactos para a historiografia e para uma educação democrática que considera a sociedade como plural e inclusiva.
Este GT será realizado de modo presencial com aceite de trabalhos remotos. Portanto, o mesmo será realizado em formato híbrido.
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GT 5 - INTERSECÇÕES ENTRE GÊNERO, SEXUALIDADE E RELIGIÃO: MÚLTIPLOS OLHARES
Dra. Lucimar da Luz Leite (UNESPAR/UEM)
Me. Jean Pablo Guimarães Rossi (UNESPAR/UEM)
Ma. Clara Hanke Ercoles (UEM)
Compreendemos que na construção das corporeidades, das existências e das vivências, o elemento religioso se configura como um dos aspectos nodais na constituição do(s) gênero(s) e da(s) sexualidade(s). Por meio da religião, discutimos as relações sociais, relações de poder, classes, gênero, raça/etnia, assim como corpos, performances e performidades (LEMOS, 2019). Como bem é notado por Foucault (1988), a história da sexualidade é marcada pela presença religiosa, que há séculos tem sido engendrada como um dos principais instrumentos regulatórios, de policiamento e disciplinamento para os/as corpos/as (im)possíveis. Outrossim, também acaba por se distinguir como um dos meios de aprendizagem que dão moldes aos sentidos e aos modos como os/as sujeitos/as se organizam e se posicionam frente as problemáticas sociais. Com a intenção de contribuir para o fortalecimento das pesquisas que tangenciam a religião em torno dos estudos de gênero e sexualidade, este Grupo de Trabalho (GT) intitulado “Intersecções entre gênero, sexualidade e religião: múltiplos olhares”, tem como objetivo acolher pesquisas que se proponham a contribuir com tais articulações em seus múltiplos espaços de análise, como: na política, instituições religiosas, espaços escolares, família e demais instâncias. Versamos sobre os diferentes enfoques metodológicos e teóricos, como: Estudos de Gênero; Estudos Feministas; Estudos Culturais; Teoria Queer; Estudos LGBTQIA+, abarcando os diversos contextos nos quais estes elementos possam ser problematizados, por meio de pesquisas históricas, bibliográficas e de campo, estudos de caso, pesquisa-ação, intervenções, análises críticas, dentre outras. Consideramos que, em pleno século XXI, discursos que perpassam por indícios de ódio, discriminação e preconceito, bem como prática de violência, têm-se permeado nos diferentes espaços sociais, inclusive, o escolar. Nesse sentido, buscamos compreender a influência/olhar da religião nesse meio. Portanto, a temática aqui proposta neste GT se faz necessário, uma vez que precisamos socializar tais temas para proporcionar olhares de respeito, igualdade e justiça. A universidade, assim como a escola, não pode e nem devem silenciar atitudes, ações e revelações de preconceito, ódio, discriminações, abusos e violências. Elas são espaços democráticos e de prevenção.
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 6 - FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS: EDUCAÇÃO, GÊNERO E DIVERSIDADE HUMANA
Dra. Carma Maria Martini (UEM/UNIR)
Dra. Elaine da Silva Nantes (UEM e CEI - Centro Universitário Integrado)
Ma. Berivalda de Jesus do Prado Sachi (Rede Municipal de Educação de Astorga e UEM)
O Grupo de trabalho (GT) objetiva reunir pesquisas e pesquisadoras/es que discorram sobre a formação docente e seus entrelaçamentos com a educação, questões de gênero e diversidade humana. O GT está aberto às diferentes linhas teóricas e parte do pressuposto de que uma formação de professoras/es (inicial e continuada) comprometida com a promoção dos direitos humanos contribui para a construção de espaços sociais menos violentos e mais inclusivos. Dentre os aspectos que atravessam a formação docente, temas como etnia, orientação sexual, cultura, gênero e a sexualidade das pessoas com deficiências, ocupam ainda um lugar marginal. Amplificar as discussões sobre essas temáticas significa enfrentar resistência e, muitas vezes, sofrer retaliações e censuras públicas, mas também se converte em uma oportunidade de promoção da cidadania e do respeito à diversidade, esperamos que os trabalhos submetidos contribuam neste sentido.
Este GT será realizado de modo remoto.
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GT 7 - GÊNERO, RAÇA, ETNIA E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO DOCENTE
Dra. Léia Teixeira Lacerda (UEMS)
Me. Cristiane Pereira Lima (SEMED-PPGE-UCDB)
As categorias gênero, sexualidade, raça e etnia tem sido incorporadas na formação docente no Brasil, desde 2006. Isso permite problematizar as subordinações e as desigualdades vinculadas às diferenças biológicas e/ou culturais na ordem discursiva que se institui e também se re-significa como forma de resistência e preservação da vida. Este grupo de trabalho visa acolher os resultados de pesquisas e relatos de experiências desenvolvidos em instituições escolares e não escolares que problematizam os discursos que circulam na sociedade, em uma perspectiva interdisciplinar, com centralidade na formação docente. Buscamos debater as vivências de sujeitas/os vulneráveis em uma inter-relação com as constribuições de teóricos nas áreas de educação, cultura, saúde e direitos humanos, com vistas à reflexão das pedagogias culturais, que permitem produzir epistemologias que geram conhecimentos e ampliam a compreensão de práticas pedagógicas experienciadas ao longo de suas trajetórias de formação.
Este GT será realizado de modo remoto.
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GT 8 - EDUC(AÇÕES) DEMOCRÁTICAS: DISCUTINDO SOBRE VIOLÊNCIAS,
GÊNERO E SEXUALIDADES NOS COTIDIANOS ESCOLARES
Dr. Márcio de Oliveira (UFAM)
Dr. Reginaldo Peixoto (UEMS)
A escola tem papel essencial na formação das pessoas, sobretudo por ter a responsabilidade de lidar com o conhecimento científico, pedagógico, planejado, plural. Assim, o presente GT busca, de modo a dar voz às experiências (práticas e/ou teóricas) voltadas ao contexto escolar, reunir pesquisadores/as para discussões acerca das violências (contra os grupos vulneráveis), relações de gênero e sexualidades. Justificamos a escolha a partir dos altos índices de violência (psicológica, física, sexual etc.) contra esses grupos, sobretudo no Brasil. Aqui incidem particularmente trabalhos interdisciplinares na área das Ciências Humanas, ressaltando que as escolas são lócus legítimos democráticos para discussões e práticas sobre diversidade e diferenças, sendo um ambiente favorável ao enfrentamento das várias formas de violência. Esperamos realizar um amplo debate sobre os saberes relacionados a gênero, sexualidades e violências, compreendendo a escola como espaço plural de resistência.
Este GT será realizado de modo presencial com aceite de trabalhos remotos. Portanto, o mesmo será realizado em formato híbrido.
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GT 9 - O QUEER A CULTURA VISUAL DIZ SOBRE NÓS? CORPOS LGBTQIA+ EM CENA
Dra. Daniele Gomes (FE / UFRJ)
Doutoranda Carolina Romanazzi (PPGEDU UNIRIO)
Cada vez mais a potência de afetação da cultura visual se faz patente em nossa sociedade. Isto porque, ela colabora no processo de constituição de subjetividades e na propagação de imagens, imaginários e representações. Outrossim, é curioso perceber que, concomitantemente à ascensão de discursos ultra conservadores e ao desmantelamento de políticas públicas de teor social e de apoio à comunidade LGBTQIAP+ houve, como modo de resistência, certo crescimento de produções audiovisuais em que tanto a temática das identidades de gênero quanto das orientações sexuais são abordadas direta ou indiretamente. Sendo assim, objetivamos nesse GT construir uma cartografia de quais produções podem colaborar em discussões desde essa abordagem e também, refletir e propor práticas educativas voltadas para uma educação sexual plurireferenciada. Utilizaremos trechos de filmes e animações, dinâmicas de grupo e por fim o GT se propõe a realizar uma atividade de construção de uma espécie de catálogo na plataforma Canva, em que seja possível agregar tanto referências de obras quanto de temáticas. A escolha por tal plataforma se dá por suas ferramentas gratuitas e por possibilitar a colaboração criativa.
Este GT será realizado de modo remoto.
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GT 10 - QUAIS IMAGENS VOCÊ CURTE? PERFORMATIVIDADE DE GÊNERO E DE SEXUALIDADES NAS E PELAS REDES SOCIAIS
Dr. João Paulo Baliscei (UEM)
Dra Fernanda Amorim Accorsi (UFS)
A branquitude empunha uma arma enquanto corre atrás de um homem negro. A mulher trans é a artista vencedora do Grammy latino. O time masculino tapa a boca, na Copa do Mundo, em sinal de censura ao apoio dos direitos LGBTTQIA+. Em comum, as imagens visibilizam, pelo menos, três elementos: (i) as disputas de gênero, raça e sexualidade; (ii) o uso das políticas visuais, as pedagogias culturais da viralização; e (iii) os artefatos culturais das redes sociais como registro de um tempo e uma história. São os três elementos que objetivamos debater neste Grupo de Trabalho (GT) com profissionais da educação, da comunicação, das artes, discentes e docentes. Serão aceitos relatos de experiência, análises de memes, cenas, fotografias, performances, elucubrações teóricas sobre dissidências de gênero, feminismos, negritude e ativismos queer. Diante da suposta democracia visual - em que qualquer pessoa pode criar uma imagem - torna-se urgente refletir sobre aquelas que você curte..
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 11 - PENSAR OS GÊNEROS E SEXUALIDADES A PARTIR DAS CULTURAS:
PEDAGOGIAS, EDUCAÇÕES, CIÊNCIAS E CONTEMPORANEIDADE
Dra. Fabiana Gomes (IFG)
Me. Alexandre Luiz Polizel (IFES)
Dra. Cristiane Beatriz Dal Bosco Rezzadori (UTFPR)
Este Grupo de Trabalho tem por intuito a instauração de um espaço dialógico para pensar as críticas, clínicas e pedagogias da-na-sobre a cultura que vertem sobre gêneros e sexualidades. Destinando-se aos interessados em traçar relações entre as múltiplas pedagogias – modos de aprender, ensinar e constituir conhecimento – e como se dão nas malhas das culturas. Ancoramo-nos nos fundamentos teóricos dos Estudos Culturais das Ciências e das Educações, Filosofias das Diferenças, Estudos Pós-Críticos/Estruturalistas, Psico- esquizoanalises, Queer, de Gêneros e Sexualidades. Propõe-se que este espaço reflita questões que toquem ao menos três linhas: i) Educações- pedagogias e suas reverberações nas discussões de identidades, diferenças, desigualdades e diversidades; ii) Pedagogias-culturais e os artefatos culturais no que tange pensar as diferenças, normatividades e diversidades; e iii) Interlocuções entre os discursos das ciências, mídias, artefatos culturais, gêneros e sexualidades.
Este GT será realizado de modo presencial com aceite de trabalhos remotos. Portanto, o mesmo será realizado em formato híbrido.
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GT 12 - JUVENTUDES CONTEMPORÂNEAS: ARTICULAÇÕES COM OS ESTUDOS CULTURAIS, GÊNERO E SEXUALIDADE
Dra. Carin Klein (ULBRA)
Dra Daniela de Medeiros Azevedo Prates (IFSul)
Dra. Juliana Ribeiro de Vargas (UFRGS)
A proposta deste GT é resultado de um grupo de pesquisadoras que realizam discussões sobre as juventudes contemporâneas, valendo-se dos campos teóricos dos estudos culturais em educação, os estudos de gênero e sexualidades, bem como, das análises de autores/as pós-estruturalistas, como Michel Foucault. Assim, busca-se reunir estudos acadêmicos que considerem a compreensão das juventudes como um construto cultural, histórico, aberto, plural e polissêmico, na medida em que é atravessada por diversos marcadores culturais, no âmbito das relações sociais. Desta forma, a fim de contribuir com os estudos nessa área, propomos envolver investigações sobre as juventudes que problematizam as práticas pedagógicas, as instâncias educativas, os artefatos culturais que repercutem e atuam na sua constituição, investindo principalmente, nos ensinamentos produzidos e veiculados sobre corpo, gênero e sexualidade.
Este GT será realizado de modo remoto.
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GT 13 - GÊNERO, SEXUALIDADES E VIOLÊNCIAS NA EDUCAÇÃO
Dra. Mareli Eliane Graupe (Universidade do Planalto Catarinense)
Dra. Neiva Furlin (Universidade do Oeste de Santa Catarina)
Este Simpósio Temático tem como objetivo discutir gênero, sexualidades e violências na educação básica e superior. Considera-se que o campo educacional é um espaço fundamental para o questionamento de práticas heterossexistas, machistas, racistas, assim como um espaço para a construção de práticas pedagógicas democráticas em que as diferenças não se tornem marcadores de limites, mas potencialidades para a convivialidade plural. Privilegia-se trabalhos com caráter interdisciplinar que abordam gênero, sexualidades, violências, LGBTfobia, políticas públicas e práticas pedagógicas no espaço escolar e universitário. Aceita-se trabalhos resultantes de pesquisa e extensão (em andamento ou concluídas). Os processos de reflexão e a produção acadêmica são ferramentas de resistência e de luta por uma educação que promova relações equitativas de gênero e reconhecimento das diferenças, tornado possível a garantia dos direitos humanos, e a construção de relações justas e democráticas.
Este GT será realizado de modo presencial com aceite de trabalhos remotos. Portanto, o mesmo será realizado em formato híbrido.
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GT 14 - DIREITOS SEXUAIS COMO DIREITOS HUMANOS: INTERFACES COM EDUCAÇÃO SEXUAL EMANCIPATÓRIA E FORMAÇÃO DOCENTE
M.Sc. William Roslindo Paranhos (UFSC)
Dra. Mary Neide Damico Figueiró (UEL)
Dra. Patrícia de Oliveira e Silva Pereira Mendes (UDESC)
Vivenciamos processos de (re)fortalecimento de ações de grupos conservadores, tais como os discursos de “Ideologia de Gênero” e da "Escola Sem Partido”, que implicam na perda de direitos fundamentais, sobretudo os ligados à vivência plena da sexualidade. O objetivo deste GT é, partindo de uma perspectiva crítica e emancipatória, contribuir na construção de um espaço de trocas dialógicas, interseccionais, desencadeando um processo de sensibilização sobre as múltiplas possibilidades de resistência no enfrentamento constante do cerceamento e da perseguição aos profissionais da Educação e da Saúde, entre outros. Considerando seu eixo central o desenvolvimento integral da criança e do/a adolescente, a educação emancipatória espera que crianças tornem-se pessoas que possam contribuir no processo de humanização das relações sociais, de gêneros, além das orientações afetivo-sexuais, bem como suas intersecções, participando ativamente da transformação de regras e normas socioculturais opressoras que regulam corpos, seres e saberes (FIGUEIRÓ, 2010). Assim, cientes de que a Educação Sexual visa ao desenvolvimento integral da pessoa, com ênfase na formação cidadã, pretendemos unir esforços para reafirmar a sua importância, numa perspectiva de emancipação, com foco nos direitos sexuais como inseparáveis dos direitos humanos em suas interseccionalidades. Possamos juntos encontrar elementos que subsidiem processos de Educação Sexual Intencional, Emancipatória e Crítica urgente e necessária nos espaços educativos.
Este GT será realizado de modo presencial.
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GT 15 - DECOLONIALIDADE, REALIDADE BRASILEIRA E CORPOS QUE IMPORTAM
Dra. Quéli Anschau (UNIOESTE – Campus Toledo).
David Tiago Cardoso (UNIVALI – Campus Itajaí).
Com os estudos feministas, tornou-se possível enxergar o corpo mergulhado em um campo político. Esta assertiva se estrutura, sobretudo, ao constatar que a desumanizações de alguns se dá em detrimento da relevância de um modelo, e que este é suplantado como referência de ideal. Mais que uma abstração, a exploração colonial se efetivou e se efetiva apreendendo corpos como elemento referencial e articulador do poder moderno. Ao extratificar o diferente, do modelo universal, masculino, hetero e branco, garante-se que os corpos sejam reconhecidos como resultado-instrumento em uma rede de tecnologias sociais que o designam e encerram, por compreender que esta forma de estruturar a sociedade se dá também em papeis sociais de sexo. O exercício que propomos é fomentar o debate, tendo como suporte a produção acadêmica, bem como, práticas que estejam desvelando práticas coloniais e protagonizando dos sujeitos da história brasileira, os corpos que importam como referência de modernidade.
Este GT será realizado de modo remoto.
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